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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

QUINTA PONTE DE LIMA


QUINTA DA PORTELA,

tem uma particularidade pouco vulgar, tem uma capela que foi edificada na primeira metade do século XVIII (1738) no reinado de D. João V, e foi adquirida no século XIX pela burguesia agrária, que pretendia imitar a nobreza. No reinado de D. João V a sociedade portuguesa dividia-se em três estados (sociais), o Primeiro Estado que era o clero, o Segundo Estado que era a nobreza, caracterizada por ter brasão, e pelo Terceiro Estado ou plebe. Após a derrota definitiva do absolutismo miguelista na guerra-civil de 1832 – 1834, a burguesia oriunda da plebe ou Terceiro Estado ascendeu ao poder através da monarquia constitucional, e reforçou esse poder na segunda metade do século XIX.

6 comentários:

  1. Quem mandou edificar a capela?

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    1. Quem mandou edificar a capela foi um elemento da chamada burguesia agrária.
      A burguesia agrária tinha dinheiro, mas não tinha brasão, pertencia ao Terceiro Estado no reinado de D. João V.

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  2. A capela foi fundada em 1737 pelo padre Francisco da Costa Faria, natural de Ponte de Lima e paroco em Sta. Leocadia.
    Em 1758 pertencia ao dr.Jose Galban de Faria e em 1788, a sua filha. Em1845, era do padre jose Maria Rodrigues, depois de Joao Marcos ce Sa, mais tarde de Antonio Leite de Macedo. Foi adquirida em em 22/10/1907, pelo Antonio Jose de Araujo.

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  3. Acho significativo este aspecto: António José de Araújo, católico conservador e monárquico, embora defensor da realeza não pertencia à nobreza. Os elementos da nobreza tinham brasão. A burguesia agrária era caracterizada por querer imitar a nobreza. Em 1907 a nobreza estava em queda livre, devido à proibição dos morgadios pelos constitucionalistas, no século XIX (excepto o morgadio do duque de Bragança, porque este era o rei). Mas, em 1908, os republicanos assassinaram o rei D. Carlos I, evento que anunciou a queda definitiva da monarquia. Os palácios da alta nobreza da primeira dinastia do concelho de Ponte de Lima ou já foram comprados por burgueses ou foram transformados em hotéis (através do chamado turismo de habitação). A burguesia que tomou o poder no século XIX era, essencialmente, a burguesia comercial, industrial e financeira, oriunda da plebe. O caso Mello é uma excepção, mas o título nobiliárquico foi concedido pelo rei D. Miguel I. Está a séculos da alta nobreza da primeira dinastia do concelho de Ponte de Lima.
    Parte da burguesia agrária manteve o conservadorismo monárquico. As quintas com capela sem casa com brasão eram uma característica da burguesia agrária monárquica.

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  4. Qualquer afirmação sobre História implica a especificação das fontes. Mesmo que as informações estejam correctas a omissão das fontes é uma falha muito grave. Qualquer livro de História tem uma BIBLIOGRAFIA. O conhecimento da História não se baseia na adivinhação nem na ocultação de fontes. A História de Portugal dirigida por Damião Peres «Edição Monumental da Portucalense Editora», embora aprofundada, em sete volumes, tem pouco valor, porque não especifica as fontes, não tem Bibliografia. Parece escrita por «adivinhos».
    A «História de Portugal» dirigida por José Mattoso, Edição Círculo de Leitores, Lisboa, 1993 não foi escrita por «adivinhos», refere as fontes, tem Bibliografia. Digamos que José Mattoso é da 1ª divisão; e Damião Peres adivinhou o que escreveu?

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  5. O Livro 92 e o Livro 128, relativos ao século XVIII, do Arquivo Distrital de Braga / Centro Cultural da Universidade do Minho, especificam a origem da atrás referida capela da quinta da Portela.

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