Site Meter QUINTA PONTE DE LIMA : 4990 P0NTE DE LIMA

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domingo, 19 de outubro de 2014

4990 P0NTE DE LIMA


4990 – 388 PONTE DE LIMA é o código postal de Crasto (lat. Castrum).

Dizem que os turcos invadiram Crasto, mas não é verdade, os turcos foram derrotados pelos austríacos, às portas de Viena, no século XV.


Na crítica que fez à peça popular sobre os turcos, associada à festa anual católica ligada à capela da Cruz de Pedra, em Crasto, o crítico de teatro António Pedro revelou pouco rigor intelectual, porque não conseguiu distinguir o teatro popular (com muitas imprecisões) das peças de teatro escritas por autores consagrados.


O terreno pra a festa anual da capela da Cruz de Pedra era propriedade privada de António José de Araújo (casado com Maria José Gomes), que o cedia gratuitamente, por ser um católico conservador, inimigo da I República (era monárquico, mas não era da nobreza) e proprietário da quinta da Portela e da outra ao lado, contígua a Sul. No seu testamento António José de Araújo não doou o agora chamado Largo da Devesa à Igreja Católica, apenas impôs condições aos seus herdeiros, sendo uma delas a cedência gratuita do mesmo para a realização das festas anuais da capela da Cruz de Pedra (ceder, sem cobrar dinheiro, alguns dias por ano, não é dar).



O texto de António Matos Reis sobre a peça «Turquia» representada em Crasto (numa perspectiva oposta à do crítico de teatro António Pedro) nunca refere António Pedro (omissão muito conveniente), revela também pouca profundidade, nomeadamente por omitir as críticas de António Pedro e devido a essa omissão não ter de contraditar as duras observações do atrás referido crítico de teatro.


"Em 26 de Setembro de 1965, António Pedro, homem de teatro e de múltiplas valências, assistiu em Crasto à representação. Um mês depois, na secção "Quinta sem Muros", que assinava no "Diário Popular", escreveu o artigo "Quando Turquia
No aludido texto, António Pedro refere-se às falas das personagens: em Português, para os cristãos; em Espanhol, para os turcos. «O serem gramatical e ortoepicamente errados o português e o espanhol que eles falam (e me pareceu ser tomado pelos instigadores e patrocinadores da festa como folclórico e curiosíssimo) não é folclore, é asneira, e só prova a infeliz ignorância dos intérpretes e dos que lhes transcreveram os textos. O que é pitoresco e de outro modo significativo é a circunstância de associar às personagens más — embora turcos ou infiéis — a língua do inimigo tradicional — embora cristianíssimos — que é o castelhano. E isso é que não é asneira e é folclore». 
Noutra passagem, alerta: «Como as catedrais, estas capelinhas teatrais têm vários estuques sobrepostos que lhes desfiguram a traça primitiva. Desfiguram... ou compõem. Ou são uma coisa viva como esta é (eu vi um ror de gente à chuva, sem arredar pé, a divertir-se com ela) e valem pelo que são, ou armam à reconstituição não se sabe de quê e ao folclore não se sabe como e resultam pretensiosas e disparatadas». António Pedro conclui: «Pede-se a quem de direito que não intervenha, não arranje, não melhore, nem explique o que assim tem interesse e, doutra maneira, passará a ser uma patacoada»" (In «site» «cenalusófona»)

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